No consultório de psicologia, tenho notado um aumento frequente nas queixas de quadros ansiosos, especialmente entre pessoas cada vez mais jovens. Os encaminhamentos para diagnósticos têm se tornado mais comuns, diminuindo uma tendência preocupante.
No consultório de psicologia, tenho notado um aumento frequente nas queixas de quadros ansiosos, especialmente entre pessoas cada vez mais jovens. Os encaminhamentos para diagnósticos têm se tornado mais comuns, diminuindo uma tendência preocupante. Segundo a OMS em seu “Relatório Mundial de Doenças Mentais” de 2022, houve um aumento de 25% nos casos globais de depressão e ansiedade após a pandemia do COVID-19.
Dentre as várias manifestações de ansiedade, destaco o Transtorno do Pânico. Muitos pacientes, ao iniciar o processo terapêutico, revelam uma compreensão nebulosa de seu diagnóstico, muitas vezes associada à falta de informações claras sobre o tratamento adequado. Procuram o consultório muitas vezes quando estão com os sintomas muito acentuados e como última alternativa de tentativa para o seu quadro. Alguns confiam exclusivamente na medicação, sem compreender completamente a importância de explorar as raízes emocionais subjacentes à sua ansiedade. Além disso, há casos em que pacientes abandonam os tratamentos no meio do percurso, antes de alcançar resultados conclusivos.
A complexidade do Transtorno do Pânico, com causas relacionadas a fatores traumáticos, estressantes e neurobiológicos, é refletida nos sintomas descritos pelo DSM-5 (2015). Durante a terapia, a descoberta de estratégias eficazes para excitar a ansiedade torna-se crucial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Encontrar maneiras de lidar com a ansiedade antes que ela evolua para uma crise intensa é uma meta terapêutica essencial. Envolver a exploração de práticas terapêuticas e investigação da história de vida de cada indivíduo, visam não apenas compreender, mas também prevenir o surgimento de crises ansiosas futuras.
No emaranhado dos desafios da ansiedade, saibam que cada passo dado em direção ao entendimento e ao cuidado emocional é uma conquista significativa. Como terapeuta, entendo que nenhuma dificuldade deve ser banalizada e diminuída e buscar compreensão pode ser o início de uma jornada pode complexa, mas, através da exploração terapêutica, há a possibilidade de encontrar paz e equilíbrio. Seja qual for o passo que escolherem dar, que seja um passo em direção ao bem-estar .
Um grande abraço,
Mariana Branco
CRP: 06/11/246
Referências:
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM -5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
OMS, 2022-Organização Mundial de Saúde, Relatório Mundial de Saúde Mental, 2022
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